Antes de sermos
pais tudo parecia muito fácil, não nos preocupávamos com a gripe, nunca
tínhamos levantado a noite inúmera vezes pra ver se aquela criancinha estava
dormindo bem e respirando. Antes de sermos os Pais do Miguel apenas brincávamos com a Florzinha – Alice Melo, a sobrinha que ganhei e que me
apaixonei na primeira vez que peguei no colo, ela com apenas 6 meses e eu na
imaturidade da maternidade. Lembro a 1ª vez que ela dormiu na minha casa, foi
tudo tão legal. Lembro que com ela tudo era muito fácil, as trocas de fraudas ,
as mamadeiras... as vezes quando eu e o André saiamos com ela sempre alguém perguntava
se ela era minha filha, confesso que pensei inúmeras vezes em dizer que sim!
Mas sempre respeitei a mamãe dela, afinal de contas quem eu achava que era pra
dizer um sim é minha filha... Eu sou apenas a Tia “Talou” aquela onde tudo é
festa, aquela dos finais de semana. A cada dia, a cada final de semana com ela
crescia a minha vontade de ser Mãe, crescia a vontade de ser mais que a Tia
“Talou” eu queria alguém pra me chamar de Mamãe!
Em fim veio o Miguel, e eu pude compreender o quão complexo é a palavrinha Pa (Ma)ternidade, eu passei de tia a Mãe e tudo mudou, veio as neuras, as
preocupações exageradas e as que realmente eram preocupações, veio junto todo o
peso e a responsabilidade de uma vida
que dependia exclusivamente de Nós.
As vezes eu ficava pensando, por que era tão fácil com a Alice ? Parecia tão
fácil ser mãe.
Apenas parecia mesmo, ser Pai e Mãe vai muito além de passeios, brincadeiras e
doces. Ter o prazer da maternidade foi a
melhor coisa que poderia ter acontecido, com a maternidade veio também a
maturidade a responsabilidade e um Amor sem limites.
Eu e o André enfrentamos juntos cada dor de
cólica , crises de desenvolvimento e de crescimento ( coisas que eu como Tia
“Talou” jamais imaginei existir) enfrentamos juntos as crises de asma dele e as
noites mal dormidas que tivemos, e quantas vezes seguramos a vontade de
chorar por que tínhamos que ser fortes e
responsáveis!! Quantas vezes eu vi nos olhos do André a preocupação e a
sensação de não saber o que fazer,e tadinho dele, mesmo sem saber ele sempre ficou ao meu lado me apoiando no que eu também
não sabia, confesso que muitas vezes agi por instinto, muitas vezes recorri ao
Google e a alguns grupos de mamães para resolver alguma coisa que eu não fazia
idéia do que era.
É... nem tudo são
flores, mas valeu a pena cada minuto, cada dor da amamentação e cada dificuldade
que enfrentamos porque foi assim que nasceu e cresceu o Papai e a Mamãe!
TE AMO, TE AMO MEU MINGAL DE CHOCOLATE.