quarta-feira, 4 de abril de 2012

A ma (pa) ternidade

Antes de sermos pais tudo parecia muito fácil, não nos preocupávamos com a gripe, nunca tínhamos levantado a noite inúmera vezes pra ver se aquela criancinha estava dormindo bem e respirando. Antes de sermos os Pais do Miguel apenas brincávamos com a Florzinha – Alice Melo, a sobrinha que ganhei e que me apaixonei na primeira vez que peguei no colo, ela com apenas 6 meses e eu na imaturidade da maternidade. Lembro a 1ª vez que ela dormiu na minha casa, foi tudo tão legal. Lembro que com ela tudo era muito fácil, as trocas de fraudas , as mamadeiras... as vezes quando eu e o André saiamos com ela sempre alguém perguntava se ela era minha filha, confesso que pensei inúmeras vezes em dizer que sim! Mas sempre respeitei a mamãe dela, afinal de contas quem eu achava que era pra dizer um sim é minha filha... Eu sou apenas a Tia “Talou” aquela onde tudo é festa, aquela dos finais de semana. A cada dia, a cada final de semana com ela crescia a minha vontade de ser Mãe, crescia a vontade de ser mais que a Tia “Talou” eu queria alguém pra me chamar de Mamãe!
Em fim veio o Miguel, e eu pude compreender o quão complexo é a palavrinha                  Pa (Ma)ternidade, eu passei de tia a Mãe e tudo mudou, veio as neuras, as preocupações exageradas e as que realmente eram preocupações, veio junto todo o peso e  a responsabilidade de uma vida que dependia exclusivamente de Nós.
As vezes eu ficava pensando, por que era tão fácil com a Alice ? Parecia tão fácil ser mãe.
Apenas parecia mesmo, ser Pai e Mãe vai muito além de passeios, brincadeiras e doces. Ter  o prazer da maternidade foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, com a maternidade veio também a maturidade a responsabilidade e um Amor sem limites.
 Eu e o André enfrentamos juntos cada dor de cólica , crises de desenvolvimento e de crescimento ( coisas que eu como Tia “Talou” jamais imaginei existir) enfrentamos juntos as crises de asma dele e as noites mal dormidas que tivemos, e quantas vezes seguramos a vontade de chorar  por que tínhamos que ser fortes e responsáveis!! Quantas vezes eu vi nos olhos do André a preocupação e a sensação de não saber o que fazer,e tadinho dele, mesmo sem saber ele sempre  ficou ao meu lado me apoiando no que eu também não sabia, confesso que muitas vezes agi por instinto, muitas vezes recorri ao Google e a alguns grupos de mamães para resolver alguma coisa que eu não fazia idéia do que era.
É... nem tudo são flores, mas valeu a pena cada minuto, cada dor da amamentação e cada dificuldade que enfrentamos porque foi assim que nasceu e cresceu o Papai e a Mamãe!

TE AMO, TE AMO MEU MINGAL DE CHOCOLATE.

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